Você pode achar que só existem dois gêneros. Pode achar que existem 25. Pode inclusive querer passar dia e noite discutindo quantas modalidades de gênero existem na nossa galáxia. O que não é aceitável é que um indivíduo perca o direito de opinar sobre o assunto.
O aluno canadense de 16 anos, Josh Alexander, foi recentemente suspenso da escola e preso (você leu certo, PRESO) por afirmar dentro da sala de aula que existem apenas dois gêneros criados por Deus: homem e mulher.
Além da cultura do cancelamento e da demonização daqueles cujo discurso soa ofensivo, como dizer que só existem 2 gêneros, a cultura Woke (nome moderninho à cultura identitária da esquerda) agora está atingindo um novo patamar. Está usando a força do Estado para impor seu fundamentalismo (não achei termo mais preciso para descrever o que se passa).
Essa obsessão do politicamente correto em patrulhar o que as pessoas falam está fomentando a imbecilização de um lado, e o ódio de outro. Se o intuito era aumentar o respeito ao próximo, o efeito prático está sendo justamente o contrário.
A resposta será cada vez mais indignação, até porque não há como aceitar que grupos estridentes tosem direitos fundamentais, como o “free speech” a seu gosto.
Ao ser questionado, esse pessoal até diz defender a liberdade de expressão, MAS desde que não se enquadre no chamado “discurso de ódio”, que é basicamente o novo jeito de classificar aquilo com que não se concorda. Funciona assim: “você pode falar tudo que quiser, desde que obedeça ao viés ideológico da cultura woke”.
Acho que estamos perdendo tempo demais e atingindo patamares preocupantes demais de censura por causa dessa histeria coletiva. Já deu.
Tatiana,
Concordo com o seu ponto de vista. Sem recriminações ou incentivo ao ódio, podemos expressar as nossas opiniões.
Concordo plenamente.
O mundo está chato.
Não existe mais liberdade de expressão. Você é obrigado a concordar com tudo. Se tem opinião diferente é discriminado, é preconceituoso….
A liberdade de expressão não impede que se diga que a terra é plana. Tão pouco alguém será responsabilizado judicialmente se disser que o homem jamais foi à lua e tudo foi um teatro. No entanto, a liberdade de expressão não garante a liberdade de opressão. Negar a existência de uma parte do tecido social acarreta na retirada de direitos (como nome social), segregação e, o pior dos casos, discriminação.
Aceitar gêneros vai além de uma questão de respeito, mas é aceitar um direito social.
A discussão sobre sexualidade foi muito ativa nos anos 80… me causa muita estranheza ver que esse blog (ao qual tenho muita admiração) tenha publicado um discurso tão retrógrado e desconexo com a realidade do que vivemos.
Perfeito.