Opinião

Desabafo

Nos EUA o conhecidamente criminoso Al Capone, não foi preso por aqueles seus crimes conhecidos de todos, mas por erros no Imposto de Renda.

No Brasil, o conhecidamente criminoso Loooola da Silva, apesar de todas as provas de seus crimes, em processos na 1a, 2a, 3a e N instâncias, é posto em liberdade pelo mais alto tribunal do país. Tribunal que fez o uso de provas ilícitas, aquelas proibidas, num julgamento feito por juízes absolutamente parciais, que há anos críticam o agora réu Sérgio Moro e a Operação Lava Jato.

Vejam como estão hoje estes dois países. Isso mostra o porquê dos EUA serem a maior potência do mundo, e o porque somos esse eterno país desanimador.

A destacar que, o processo de indicação dos norte americanos à Suprema Corte da Justiça, é mais de 90% semelhante ao nosso. Até mesmo a sabatina realizada pelo Senado aqui, é também feita lá, todavia, procure ver como lá se dá tal sabatina, perceba com os Senadores americanos realmente sabatinam os indicados. Cá, a sabatina é pró forma, é pra inglês ver. Os conchavos e trocas de favores são acertados antes mesmo da indicação, amarrando todos os três poderes de forma harmônica. São conchavos de desvios e proteções mútuas, onde os desprotegidos e que tem seus rendimentos desviados somos nós, o povo pagador de impostos e dono da força de trabalho.

Quando comecei a me entender por gente, ouvia falar que o Brasil era o país do futuro.

O meu futuro chegou, já está passando, e não vejo esperança de meus filhos (leiam enteado e sobrinhos) terem a oportunidade de ter aquele futuro que eu esperei por mais de 50 anos.

Figuras nefastas como Gilmar Mendes, Dias Tofolli, Lewandowski, Carmem et caterva, em meio a lagostas e vinhos premiados, tornam o STF, que deveria ser o último guardião da CF e da Justiça, no último guardião dos grandes corruptos deste país.

Penas e condenações, provas e processos, em todas as instâncias anteriores ao STF, são jogados no lixo quando o paciente do Hábeas Corpus é cliente/corrupto de luxo, é picareta de alto coturno.

A velha máxima que ouvi no primeiro dia de aula do Curso de Direito permanece viva: No Brasil só se prende preto, puta e pobre.

Me espanta ainda a passividade com que vemos essa camarilha de pilantras zombarem da cara do povo, com seguidas mudanças de decisões. Aquele que julgava assim determinado cliente, julga assado determinado outro cliente. Tudo temperado pelos milhões e benefícios que entram na conta do julgador.

E assim continuamos passivos, esperando que o país do futuro seja o de nossos filhos.

Não será. Como dizem, já era. Talvez nem dos netos.

Não enquanto permanecemos cordeiros e passivos.

Desculpem o desabafo.

Eduardo Galvão

Eduardo Galvão, nascido em São Paulo, agricultor em Iepê/SP, tem Administração de Empresas pela PUC/SP e Direito pela FEMA/Assis-SP, com mestrado em Direito Internacional do Meio Ambiente pela Fundação Eurípedes Soares da Rocha / Marília-SP.

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