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Dois Contos de Uma Avenida

Aposto que #avenidapaulista será Trending Topic no Twitter este domingo, por conta da Parada LGBTQIA+. O mais famoso cartão postal paulistano, como anualmente ocorre em todas as edições, será durante horas algo homogêneo, coberto de ponta a ponta com as cores do arco-íris.

Mas, nós que moramos na cidade de São Paulo, estamos acostumados a conviver com duas metades bem distintas, que refletem o perfil típico dos seus frequentadores, principalmente aos domingos, dias em que ela fica exclusiva para pedestres e ciclistas e se torna o melhor corredor de lazer e expressão cultural da cidade.

Nestes dias, em que organicamente cada um pode escolher onde prefere ficar, as duas metades distintas da avenida ficam evidentes, contam duas histórias distintas, e ilustrar estes contos é a intenção deste post.

Da FIESP ao Paraíso

É a avenida Paulista que está no imaginário da maioria das pessoas, principalmente de quem não mora na cidade. É corporativa, uma avenida construída ao longo das décadas, pelo seu potencial de atração de investimentos, do impacto da arquitetura dos edifícios, a avenida acima do chão, que atrai os olhares para o alto.
Em geral, o que vc encontra neste trecho são iniciativas de empresas ou de governos.

Do MASP à Consolação

É a Paulista moderna, que surgiu na última década. É a avenida da calçada, ao nível do chão. Da diversidade, aqui o que atrai os olhares são as pessoas, os frequentadores, o que eles fazem, oferecem, aparentam. É orgânica, caótica, imprevisível. Em alguns momentos pode ser até mesmo cruel, feia, suja, mal cheirosa. Mas, vida real. E isso tem sua beleza.

Rainbow Washing

Em Junho, empresas usam o arco-íris, como uma competição aleatória, porque os mais jovens são engajados quando a marca promove inclusão e diversidade.
Rainbow Washing se refere ao ato de usar ou adicionar as cores do arco-íris para indicar um apoio progressista aos LGBTQIA+, porém, sem ações reais para obter resultados pragmáticos.
Outras formas de colorwashing são Pinkwashing (empoderamento feminino), Greenwashing (sustentabilidade), Brownwashing (comunidades não-brancas) e Whitewashing (tragédias)

Disclaimer

Este ensaio fotográfico foi feito usando a câmera de um celular. Crianças, não recomendo este comportamento sem noção que eu tive, de fazer um ida-e-volta pela avenida, dando mole com o celular na mão o tempo todo, tirando fotos. O índice de furtos de celulares está muito alto na avenida, exatamente em situações como essa, de ter seu gadget furtado em geral por um ladrão numa bicicleta.

Gui

Sou o Gui. Fiz arquitetura, pós em marketing, MBA em comércio eletrônico. Desde criança , quando adorava ler Julio Verne, eu gosto de explorar, descobrir novidades. Aqui no Papodeboteco vou conversar contigo sobre descobrir como podemos explorar nosso tempo livre.

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