Os 7 de Chicago de Hoje

O que aconteceu
Ontem finalmente assisti o filme “Os 7 de Chicago”, “The Trial of the Chicago 7”, disponível na NetFlix e foi impossível não refletir sobre o momento em que vivemos hoje de radicalismos e perseguição a quem pensa diferente do que é considerado “correto” ou “progressista”.
O que choca é que na época haviam duas super-potências com políticas e formas de agir realmente antagônicas, os EUA e seus aliados europeus capitalistas e a URSS e os países da cortina de ferro comunistas.
Em ambos os lados havia uma perseguição feroz a quem pudesse trair os ideais do lugar onde vivia, o que proporcionava um verdadeiro vale-tudo justificado pela política vigente.
Hoje não temos nada disso!
Sobre o filme
O filme mostra como o simples fato de discordar da participação dos EUA na guerra do Vietinam transformava qualquer um em um perfeito comunista.
O julgamento em si é um show de horrores, com direito a um réu negro amordaçado, eliminação de jurados que poderiam inocentar o grupo, testemunhos anulados e um juiz que estava mais para um ditador de quinta categoria, daqueles que manda enforcar quem não o obedece.
Ele mostra claramente o que acontece quando as pessoas param de pensar em fatos e seguem cegamente dogmas e pensamentos estabelecidos e amplamente divulgados.
Também fica evidente quanto a ignorância de história pode trazer problemas.
Hoje está melhor?
Infelizmente a resposta para essa pergunta é um grande NÃO. Eu diria que está até pior.
Turbinada pelas bolhas geradas nas redes sociais, a “Síndrome do Pensamento Único”, descrita no livro Factfulness de Hans Rosling, está fortíssima, com grupos se degladiando pela hegemonia do pensamento.
É proibido negar “verdades” relacionadas à vitimização de grupos, “ciência”, ou tendências, mesmo que os fatos demonstrem algo diferente do que está sendo gritado aos quatro ventos.
Temos ainda a anuência da mídia, que sempre atuou em pró de uma maior liberdade de expressão, mas hoje condena qualquer um que ouse publicar alto difenrente do que esteja alinhado com a agenda estabelecida.
Se tem alguma dúvida, basta ler com cuidado a forma de como foram publicados os fatos no período de governos considerados conservadores (FASCISTAS) com a forma como são publicadas de governos “progressistas”.
Aliás, refletindo sobre o que vemos nos jornais e nas redes sociais hoje, não é difícil afirmar que não aprendemos nada.
Concordo. Não aprendemos nada e continuamos a fazer as mesmas coisas como se isto gerasse um resultado diferente.