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PT é 𝐃𝐈𝐂 (Demagogia, Incompetência & Corrupção)

Estamos vivendo um desgoverno caótico de alguém que deveria estar inelegível e não sentado na cadeira de presidente, como se fosse alguém que não tivesse o passado que ele tem. E nem me importa tanto a justiça dos homens. Estou pensando em atos e fatos do ponto de vista moral.

Lula, regurgita no seu 3o. mandato (já com o peso da idade, que tira sua energia e faz ele falar muito mais bobagens) toda a demagogia e incompetência, cuja prática pregressa redundou em uma herança maldita, cujo principal rebento foi o desastre econômico do período PT, incluindo a presidência de sua preposta, a Dilma “Desastre” Rousseff.

O governo trabalha demagogicamente, de mãos dadas com o centrão (no toma lá dá dá da dança de emendas, o mensalão “legal”), para tentar conseguir popularidade e votos, com medidas “bonitinhas” como redução da carga de trabalho (proposta de uma deputada do PSOL, que tem o apoio do ministério do Trabalho, provavelmente nem será aprovada) e aumento da faixa de isenção do IR (grande renúncia fiscal), e com um “calabouço” fiscal recheado de penduricalhos, exceções, intenções com gosto de quimeras e falta de responsabilização.

Se tudo isso está matando nosso futuro ao dinamitar a credibilidade fiscal do governo, é algo que não diz respeito ao governo, que lava as mãos, desde que não exploda agora.

Tudo é uma pantomina encenada, igual a aqueles mirabolantes planos quinquenais da antiga república soviética ou os PACs fracassados dos governos anteriores, que no papel quase pareciam apetitosos.

Na capa, parece até bonito, mas não resiste a 5 minutos de análise, se abrirmos a caixa de Pandora.

Achar que um grupo de “conspiradores” está manipulando o mercado para ferrar o país e o PT, revela um desconhecimento atroz, desatrelado de qualquer princípio econômico. O mercado, neste nível, não é algo “fulanizável”. Se um grupo pudesse escolher a direção de um ativo, ainda mais um ativo com uma liquidez absurda, simplesmente ganharia rios de dinheiro, sem fazer força. Isto não existe!

Diante de declarações e decisões que geram descrença dos agentes com o futuro do país, o BC é forçado a enxugar gelo, quer vendendo dólares da reserva internacional, fazendo simulações de venda lastreadas nas reservas com entrada e saída programada, ou fazendo swaps cambiais com reais. A questão é que todas essas modalidades são caras para os cofres públicos, e se a pressão do mercado for contínua, como já foi em outros momentos petistas do passado, elas terminam gerando um custo apreciável para os cofres públicas, ao tentar conter artificialmente essa cachoeira de descrença, sempre alimentada nas nascentes.

E, além de tudo, temos ainda as garras nefastas da corrupção que deve, quase com certeza, estar rolando no atacado, já que ela é praticada para ficar oculta, sendo difícil enxergá-la ao vivo, no presente. Trata-se da mesma corrupção que sobrou durante todo o período PT, com o primeiro espirro no mensalão, mais de 2 anos depois do início do primeiro mandato do Lula. Não teria motivo para agora todos terem se regenerado, da noite para o dia….

A imprensa está combativa?

Vivemos uma época em que a mídia tradicional teve sua importância relativa muito prejudicada com o advento da Internet, especialmente as redes sociais ( Instagram, X, Facebook), dos aplicativos de comunicação instantânea, WhatsApp, Telegram etc) , do You Tube , das mídias digitais e a explosão do streaming; todos eles competindo pelo tempo das pessoas, dentro de um dia que teima em ter as mesmas 24 horas.

Com isso, temos muito menos dinheiro circulando neste ramo de negócio e, portanto, menos recursos para pagar os jornalistas, profissionais de rádio e TV, comentaristas, colunistas, cronistas etc.

Desse modo, o nível médio dos profissionais caiu muito. Hoje vemos erros crassos de redação e formulação de ideias na instância digital das mídias tradicionais e isso é só a ponta do iceberg. O fato é que o jornalismo ficou, em geral, muito mais superficial e irrelevante.

Saudade daquelas extensas matérias produzidas pelo jornalismo investigativo.

Só para citar um exemplo recente, temos a pplblicação do  Anuário Brasileiro de Segurança Pública 2024, que gerou análises extremamente rasas ou monotemáticas, o que me motivou a escrever meu último artigo aqui no Papo de Boteco.

Na seara do jornalismo de opinião, fora os editoriais cáusticos de alguns jornais como o Globo e o Estado de São Paulo, temos jornalistas contra ou a favor de Lula, mas a maioria é de esquerda, especialmente os anônimos, já que a faculdade de comunicação sempre teve um viés de esquerda (embora devo ressaltar que os controladores, em geral, só querem sua parte em dinheiro).

Curiosamente, mas previsivelmente , os bolsonaristas perderam quase todo o seu espaço nas mídias convencionais com o advento do governo Lula. O SBT, a Record e a rede Jovem Pan recuaram e se distanciaram do bolsonarismo, porque o dinheiro fala em primeiro lugar. A única mídia tradicional relevante que continua do lado de Bolsonaro é a Gazeta do Povo, um jornal de Curitiba, que agora é apenas semanal.

Quanto aos colunistas, há diversos como Miriam Leitão e Reinaldo de Azevedo que deixaram de lado quase toda a sua veemência jornalística do passado, contaminados pelo ódio pessoal às hostes bolsonaristas, que desde 2018 dispararam reiterados ataques ao jornalismo profissional.

No entanto, não é aceitável que tal sentimento solape o exercício do jornalismo profissional, matando qualquer postura isenta, a ponto de contemporizar a atuação deste desgoverno, apenas por Lula ser supostamente o antípoda do Bolsonaro. Se alguém contrapor matérias até 2017, com matérias atuais, vai cair da cadeira diante de tanta incoerência.

PT e Lula: Recordar é Viver

O Lula não deve nada à justiça, mas isso não tem nada a ver com inocência. A defesa dos petistas ao Lula nas redes sociais sempre foi pífia, as provas que o Lula era dono de fato do Triplex abundam e formam uma teia impressionante.

As justificativas legais para condená-lo idem, mesmo que as propriedades não eram do Lula no papel e o processo tenha sido extinto apenas por questões de foro (piada total nesta altura do processo).

E mais: o triplex e o sítio de Atibaia são apenas a cereja do bolo. Trafegaram dezenas de milhões nas contas do Lula e seus filhos. a finalidade do Instituto Lula foi totalmente desviada.

Pelo que nós sabemos, o grosso do dinheiro do Lula, que ia ser “esquentado” dessa forma eram as “palestras” e as doações milionárias ao Instituto Lula

Sobre a Dilma, além do péssimo governo, comento especificamente sobre a aquisição da refinaria de Pasadena, já que a Dilma então presidia o “conselho” da Petrobras que aprovou e a compra dessa terrível sucata e vários anos depois o esqueleto volta a assombrar o PT.

Quanto ao impeachment, mesmo sem ser advogado, escrevi vários textos sobre a solidez da fundamentação jurídica, especialmente voltados para os petistas, dos quais separei dois: Entenda porque o governo descumpriu a lei e merece o Impeachment e Petistas, querem debater sobre o Impeachment?

Separei ainda 2 artigos meus no Medium que resumem o mal que o Brasil legou no período 2003-2016 para o seu futuro: Lula: popular e maléfico e Herança econômica maldita do PT revisitada, que emborcou o Brasil para baixo, (2008-2015) depois de um período inicial (2003-2007) em que superficialmente parecia que tudo estava dando certo, ainda que, mesmo neste período 2003-2007 o PIB no Brasil cresceu em uma taxa inferior à América Latina.

E, voltado para alguém de esquerda, escrevi um artigo tentando explicar, de maneira didática, porque o controle de gastos é tão importante para um governo dito sério: Falando de Controle de Gastos para que até a Esquerda entenda, tendo como pano de fundo a tal PEC 241 de controle de gastos, durante o governo Temer em 2016.

Por que eu não escrevo mais sobre o Lula?

Não tenho escrito contra o governo não porque eu não o despreze. Eu o abomino muito, mas simplesmente aqui na minha timeline já existem tantos materiais sobre isso, que eu simplesmente leio e me satisfaço com o que foi dito e explicado (não estou falando aqui de memes ou frases de efeito, os quais se não tiver graça nem me interessam).

No entanto, eu escrevo pelo prazer de escrever, mas tenho escrito pouco, por estar concentrado em outros afazeres. O prazer de escrever envolve falar sobre o que me motiva a fazê-lo e não traçar um quadro completo e abrangente de tudo que acontece no Brasil.

Sempre busco temas sobre os quais existem ângulos pouco ou nada abordados. E o temática governo Lula, não é o caso. Vejo todos os ângulos relevantes sendo tratados, em análises pormenorizadas e bem feitas e isto é mais do que suficiente para suprir a demanda de informações e análises dos usuários sobre o governo corrente.

E geralmente eu concordo com a maior parte do conteúdo.

Faço questão de destacar os textos, sempre abrangentes e didáticos do talentoso escritor e economista Marcelo Guterman.

E o STF?

Além do executivo e o legislativo (neste caso sempre, desde que o mundo é mundo); o judiciário vive nos últimos anos uma crise séria de credibilidade.

Assistimos hoje a mais alta corte da justiça dominada pelo espírito de “tudo eu posso”, “eu ordeno, seja lá o que for, e vocês obedeçam”, não importa se as ordens ou decisões violem nossas leis e nossa Constituição.

Lembrando a todos que o papel do STF é claramente delimitado pelos artigos 102 e 103 da Constituição. Convido os leitores a contrapor muitas das condutas recentes do STF com os trechos da Constituição citados, buscando algum tipo de base legal para as tais condutas. Não há como encontrar…

O foco principal dos abusos do STF são pessoas que falem ou já falaram mal do STF e tem alguma relevância, mas não se limita a isso. O STF hoje atua até como emissor de ordens e regulamentações, fora de sua alçada, como vimos no caso da emissão de normas para o uso de câmeras corporais pela polícia de São Paulo. Hoje temos câmeras corporais em estados como Bahia, Minas Gerais, Pará, Paraná, Pernambuco, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Rondônia, Roraima e Santa Catarina.

Não estou aqui julgando o teor destas normas nem criticando o uso de câmeras corporais, apenas destaco 2 questionamentos: Por que só São Paulo, se a maioria dos estados tem uma proporção relativa maior de civis mortos pela polícia? Qual a base legal que fundamenta a emissão de normas desta natureza pelo STF?

O fato é que o STF tomou o gosto pelo poder e ,depois que isso acontece, é difícil voltar atrás e não há para quem recorrer. Eles agem, muitas vezes, como os antigos deuses do panteão grego: Zeus e seus colegas.

Não posso deixar de dizer, que, a despeito do meu forte repúdio a esse tipo de atuação do STF: não vivemos em uma ditadura, mas sim em uma democracia fraturada. Ditatura é quanto as pessoas comuns não podem nem escrever estas linhas que estou escrevendo, inseridos em um regime político em que a independência (ainda que meio fictícia) de poderes é quebrada e o poder todo se concentra em um pequeno grupo, que se perpetua no governo e tem a hegemonia total de informação e autoridade de determinar a prisão ou pior de qualquer pessoa, independente das razões.

Epílogo

Complicado!

Colocar o STF de volta aos trilhos constitucionais pode ser bem difícil, porque muitos no Congresso tem um “passivo” a considerar. Não sei como a coisa pode desenrolar.

Relativo ao legislativo, o atual sistema político-eleitoral traz todos os ingredientes para que este poder continue com uma credibilidade quase negativa.

Quanto ao executivo, rezemos para que tenha algum candidato que possa em 2026 fazer frente a isso. É a última chance para tentar não repetir a trajetória da Argentina.

Não vejo a esquerda tendo um candidato de peso, porque o PT é pau mandado do Lula e o Lula já está hoje muito combalido, o que dirá em 2026? E o PSOL não é nada: sequer elegeu sequer um prefeito em todo país e o Boulos não é nada nacionalmente.

Assim há chance real de emplacar alguém que implante uma racionalidade um pouco maior.

Não sou otimista de achar que vai acabar a corrupção e tudo vai ser legal, mas precisamos urgente de alguém menos ruim, para que possamos, aos trancos e barrancos, pelo menos ter algum tipo de futuro.

Paulo Buchsbaum

Fui geofísico da Petrobras, depois fiz mestrado em Tecnologia na PUC-RJ, fui professor universitário da PUC e UFF, hoje sou consultor de negócios e já escrevi 3 livros: "Frases Geniais", "Do Bestial ao Genial" e um livro de administração: "Negócios S/A". Tenho o lance de exatas, mas me interesso e leio sobre quase tudo e tenho paixão por escrever, atirando em muitas direções.

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