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Este é um post egoísta! Já alerto logo na primeira frase, para quem não quer algo sobre celebração. Sim, você leu direito, é sobre celebração, e não estou sendo irônico. Sei que passamos pela pior crise da nossa geração. Até o fim de abril, o país terá 400 mil mortos pela Covid19 . Até o fim do dia de hoje, em torno de novas 3.000 mortes ocorrerão, o que significa que, enquanto você estiver lendo este texto outras 10 pessoas estão morrendo …

… às vezes é preciso um escapismo …
Há que se manter a sanidade mental,
não é possível ficar mal humorado
24 horas por dia,
sete dias por semana.

Márcio Hervé , no post Será que todo “militante” tem que ser chato, lacrador e mal-humorado?

Comemoro porque faz parte da minha natureza enxergar o copo meio cheio. Os números no Brasil estão elevadíssimos, mas já em tendência de estabilidade ou até mesmo de queda. Temos vacinas. V A C I N A S. Várias. E funcionam. F U N C I O N A M. Está aí Israel, Estados Unidos e Reino Unido pra provar. A grande maioria dos nossos idosos acima de 70 anos, o público mais vulnerável a esta doença, já foi vacinado.

E, como avisei que o post é egoísta, comemoro porque estou aqui, vivo, pra escrever isto. Não perdi nenhum familiar, amigo próximo ou ente querido pela doença. Temos, desde o começo, feito nossa parte, sem radicalismo nem para um lado, nem para o outro. Em nenhum momento me tranquei dentro de casa, pedindo entregas por delivery e passando álcool em tudo; nem o contrário, não enfiei o pé na jaca em festas, nem nas férias, feriados ou finais de semana com tudo liberado. Permaneci praticando atividade física com moderação ao ar livre o tempo todo, acrescentei vitamina D e zinco ao meu kit diário de suplementos, comprei máscaras de boa qualidade e as uso corretamente, nos momentos e locais que são necessárias. Não, não uso máscara quando estou andando em lugares abertos, sem ninguém a menos de 2 metros de distância e, aqui dou uma palhinha do que será o tema principal deste post, tirava a máscara assim que sentava na minha mesa, com a distância de afastamento determinada, nos bares e restaurantes de São Paulo, que continuei frequentando, nos meses em que sua abertura e atendimento em salão estavam permitidos.

Alerta: a partir de agora este é um post bairrista e paulistano, ôrra, meu!

No próximo sábado, 24 de abril, o Plano São Paulo entra numa nova fase de flexibilização da quarentena: Restaurantes e similares poderão atender presencialmente das 11h às 19h.

Este foi o setor mais injustamente afetado pelo fechamento obrigatório durante os meses de quarentena em 2020 e nesta fase emergencial de 2021. Os restaurantes, bares e lanchonetes, que seguiam corretamente os protocolos de limitação de capacidade, afastamento entre mesas e uso de EPIs, nunca foram locais de propagação e contágio do coronavirus.

Tiveram que se adaptar para sobreviver durante esses meses, e a normalização das refeições por delivery é um dos piores legados da pandemia para o mindset dos consumidores.

Refeição entregue por delivery é muito ruim!
Uma gambiarra em que apenas os aplicativos de entrega saem ganhando.

Para o consumidor é ruim porque está pagando o mesmo valor da refeição presencial, mas recebendo uma comida com qualidade que fica muito abaixo da servida na hora, e sem a comodidade e conforto de usar a estrutura do restaurante e curtir a experiência do ambiente.

Para os estabelecimentos é ruim porque sua margem de lucro cai drasticamente, devido às elevadas comissões cobradas pelos aplicativos, demora de pagamento do valor devido, necessidade de adaptar o cardápio para um menor número de opções, em geral de menor valor de ticket e maior custo com investimento em soluções de embalagem, para preservar ao máximo possível a apresentação e qualidade do prato.

E, para o terceiro player, o entregador, é algo ambíguo. Para muitos deles é uma oportunidade única de remuneração durante a crise de desemprego destes tempos. Mas, é fato a precarização da atividade, no atual modelo de negócio que une a economia compartilhada com a uberização do trabalho .

A partir deste sábado, temos a oportunidade de revisitar aqueles lugares clássicos, que fazem parte do patrimônio da cidade e estão nas nossas memórias afetivas. Não necessariamente por terem a melhor comida, mas sim por serem aqueles que mais sentiríamos falta , nos deixariam tristes e chocados se tiverem falido, sem conseguir sobreviver ao período de fechamento obrigatório.

É sua chance de contribuir para que não fechem!

Procure se lembrar daqueles que são mais importantes para você, escolha um na sua cidade, e vá comer lá. Compartilhe suas fotos nas redes sociais para seus amigos. Relembre-os que aquele lugar ainda existe, está aberto e que ir até lá não é nem um pecado de luxúria e ostentação, nem um suicídio programado por exposição tóxica a patógenos.


Eu vou passar a minha lista dos clássicos de São Paulo. Mas, cada um de vocês tem sua lista própria. E, o último, é a minha escolha pro almoço deste sábado. Se é que não faliu…

Chopps do Bar Léo

Feijoada do Bolinha

Pizzas da Camelo, Castelões, Margherita e Speranza

Sanze da Casa do Porco

Esfihas da Casa Garabed

Beirute do Frevinho

Pão na chapa da Galeria dos Pães

Frango com polenta do Galeto’s

Polpettone do
Jardim di Napoli

Bauru do Ponto Chic

Bolinho de arroz do Ritz

Picanha fatiada e arroz biro-biro do Rodeio

A vista do Terraço Itália

Minha escolha:
Famiglia Mancini

Gui

Sou o Gui. Fiz arquitetura, pós em marketing, MBA em comércio eletrônico. Desde criança , quando adorava ler Julio Verne, eu gosto de explorar, descobrir novidades. Aqui no Papodeboteco vou conversar contigo sobre descobrir como podemos explorar nosso tempo livre.

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