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Cringe?

Se vc não estava em Marte na última semana, deve ter lido ou escutado esta palavra umas 144 vezes nos últimos dias. Resumindo o resumo, Cringe (quem tiver interesse em saber o que é, basta clicar na palavra) é uma treta que está rolando nas redes sociais entre quem é da Geração Z ( os nascidos entre 1996 e 2010, que estão com 10 a 25 anos) e os Millennials ( nascidos entre 1981 a 1995, que estão 26 e 40 anos).

Isto bombou nos Estados Unidos no começo do ano, mas chegou na internet por aqui com o tweet acima, que viralizou semana passada, postado por uma social influencer millenial.

Introdução do meu post anterior no Papo de Boteco, Água!!! publicado dias atrás:

Detesto “Social Influencers“. Detesto. Sei que são uma realidade no mundo atual, seguidos por bilhões de pessoas nas mídias sociais e, pior, seus seguidores realmente são influenciados por eles, como uma maleável massa de manobra comportamental, sem questionamentos, independente do conteúdo que publicam, mas apenas por ter sido publicado pelo seu ídolo. A etimologia das expressões usadas é perfeitamente adequada: “influenciadores” e “seguidores”.

No começo de junho, por ser o mês do orgulho LGBT, publiquei o texto LGGBDTTTIQQAAPP. Para minha decepção , apenas uma pessoa, umazinha, me criticou nas redes sociais. Isso mostra a irrelevância e desimportância do que escrevo, porque estava na expectativa que iriam cair matando em cima de mim, já que no texto eu criticava justamente características típicas destas 2 gerações: a perda de tempo, energia e foco com assuntos absolutamente secundários, como o uso da linguagem neutra, a intolerância em relação a opiniões diferentes das suas e a exigência de serem mimados e tratados como preciosos indivíduos únicos, que resultou na ridícula e improdutiva sopa de letrinhas que se tornou a sigla que engloba todos os não-heteros em geral.

Voltando ao foco da polêmica Cringe : Tensão entre gerações sempre existiu.

Sempre a nova geração se acha melhor e superior que as anteriores. Só que agora é a primeira vez que uma significante parcela da geração anterior não responde do modo habitual : ao invés de simplesmente acharem que a nova geração que é uma piora em relação a ela, os millennials estão surpresos, indignados e, o mais divertido, realmente preocupados com a opinião que a geração Z tem deles.

Como assim, nos acham cringes?!“, dizem os Millenials, que sempre se caracterizaram por serem questionadores, sendo deliciosamente zoados pela Geração Z, que se caracteriza por expôr enfaticamente sua opinião.

Eu acompanho comendo pipoca e dando risada, ao ver escancarada a insegurança e baixa auto-estima dos mais ruidosos militantes do politicamente correto, que costumam exigir conduta perfeita, dentro do que eles consideram “perfeição“, dos outros, sob a constante ameaça da punição máxima, o cancelamento (que pra eles é uma sentença de pena de morte, já que eliminam de onde mais valorizam, que é a existência digital).

Como esta semana descobri, pelo meu eneagrama de personalidades, que sou um cuidadoso, questionador e cético ( Off-Topic: Faça este teste para você também descobrir a sua, vale a muito a pena!) , não tenho expectativa que a geração Z, dos 10 aos 25 anos, venha a ser melhor que os millenials, por mais que meu raciocínio lógico indique que é muito improvável conseguirem ser piores. Mas, só pela diversão que a trollagem deles me proporcionou esta semana, ganharam minha simpatia.

Por enquanto…

Spoiler dos próximos capítulos:
Uma futilidade besta como esta treta do Cringe, que normalmente deveria gerar buzz por no máximo uma semana até ser substituída pela seguinte, provavelmente irá se estender por mais tempo, já que envolve, por conta da idade, a maioria dos profissionais que atuam nas redações de veículos de imprensa, criação de agências de publicidade e marketing das empresas, que irão dar uma importância muito maior do que merece, e explorar ao máximo em ações de engajamento junto a estes públicos-alvo…

Gui

Sou o Gui. Fiz arquitetura, pós em marketing, MBA em comércio eletrônico. Desde criança , quando adorava ler Julio Verne, eu gosto de explorar, descobrir novidades. Aqui no Papodeboteco vou conversar contigo sobre descobrir como podemos explorar nosso tempo livre.

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