Opinião

Era uma vez em 2020 – Final 1

Mas terminou. 2020. Já no Natal as vacinas chegaram. 2021 foi difícil. Imaginem que até o carnaval foi cancelado. Isso sim é prova de que a crise era feia. Meu avô perdeu o emprego. Meu pai também. Todo mundo foi morar junto (minha avó e minha mãe adoraram, mas meu pai e meu avô enlouqueceram com tanta mulher e criança na mesma casa). Todos perderam muitos amigos, mas nossa família próxima foi poupada. Minha avó fala que foi por conta das orações… Embora seja uma explicação parecida com outras religiosas da peste negra, acho que a dor de 2020 deve ter mesmo ajudado a purgar alguns dos pecados passados da humanidade. Quando Deus parecia ter sido confinado também em algum planeta sem acesso Wi-Fi a Terra, ele finalmente deu as caras e as vacinas funcionaram de primeira. Além disso, os doidos-mor não foram reeleitos e o mundo, um pouco mais humilde e coordenado, montou um plano “pan-solidário” para ajudar todas as nações a superar os efeitos do bicho. Também implementaram um sistema global de traquear sintomas de possíveis vírus perigosos e de quarentenar pessoas. No sistema, quem aderisse ganhava o direito de receber os remédios e os suprimentos para enfrentar qualquer futura endemia. Todo mundo aderiu – até porque a mulherada tinha assumido a presidência de metade dos países e elas são muito mais racionais e razoáveis, isso a gente sabe bem hoje!  As pandemias perderam o Pan, pq eram erradicadas muito antes de turistas para mais de 3 países. Os vírus ficaram decepcionados porque nem puderam usar as milhas acumuladas nos anos de ouro do Covid….

Julieda Puig

Julieda ... é a Julieda. Mãe de 2, companheira de 1, filha, irmã, amiga e, nas horas vagas, trabalha e é responsável por Compliance em um banco na terra da Rainha. Graduada e mestre em Economia pela USP e GV. Vive em Londres, “fisicamente” e, no Brasil, “virtualmente”, já que seu coração não se separa de lá. A ideia é visitar o boteco de vez em quando, como uma “correspondente 🗺” contar um pouco como é a vida por essas bandas do planeta. Às vezes vai falar séria e apaixonadamente (porque, afinal é boteco e porque senão não seria ela!) sobre ética, compliance, sustentabilidade, políticas públicas, corrupção e inclusão, seus temas preferidos. Mas a verdade é que a maior parte das vezes não pretende falar muito sério não... Já deixa claro que é bem livre na opinião, prá desespero dos carimbadores de plantão..

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