“O Tarifaço”, uma ópera bufa de personagens lamentáveis

“O Tarifaço”, ópera bufa em ato único.
Personagens;
Lula, Trump e Bolsonaro são tão idênticos que serão interpretados pelo mesmo ator, com perucas e sotaques diferentes. Pensei originalmente nos Três Patetas, mas seria uma ofensa a memória do “Trio mais biruta da tela”, como era anunciado nos primórdios da TV. Os três posam de estadistas, mas só pensam em seus próprios interesses. Também tem em comum a arrogância, a prepotência e a ausência total de autocrítica. No momento, Lula e Trump são presidentes dos respectivos países. Foram eleitos democraticamente, portanto não há o que contestar. Também temos dois personagens coadjuvantes, Bananinha e Xandão. E dois personagens ocultos, Javier e Cristina.
Enredo
Lula recebeu a missão divina de tirar seu povo da pobreza. Está tentando há mais de vinte anos, mas por enquanto só funcionou para ele e seus parentes mais próximos. Mas tem quem acredite e ache que ele precisa de, no mínimo, mais oito anos. Então tá.
Trump recebeu a missão divina de fazer seu país voltar a ser grande. E vai fazer isto, nem que precise pisar no pescoço dos infiéis, ou acabar com o planeta.
Bolsonaro, derrotado por Lula, não vê a hora de retomar o poder. Bananinha, seu filho e parceiro de rachadinhas, foi buscar abrigo sob as asas da águia americana, sendo acolhido por Trump.
O enredo começou a enredar quando Xandão, o xerife nomeado por Lula para civilizar o Reino, não contente em mandar no Brasil, resolveu perseguir cidadãos brasileiros fora do seu território. No afã de impor sua lei ao universo, acabou punindo uma empresa de Trump, o que gerou a fúria do Laranjão Malvado.
Além disto, Lula sempre deixou claro que sua posição é antiamericana e anti-Israel, mesmo que isto signifique apoiar ditaduras, terroristas e teocracias, não necessariamente nesta ordem. Trump não gostou, é claro. E Bolsonaro garantiu que, se eleito, Trump voltará a ter um aliado na América Latina, a qual o Laranjão se refere como “o Sul do Mundo” em momentos de descontração.
Agora Trump, numa atitude condizente com seu equilíbrio e maturidade emocional, resolveu inviabilizar as exportações brasileiras para seu Reino. Tem o direito de fazer isto? Certamente. Lula escolhe seus amigos, Trump escolhe os dele. Simples assim. É um atentado a soberania brasileira? Não. Ele está apenas dando sua opinião e dizendo que, se o Presidente do Brasil for um aliado, será tratado como tal. Simples assim.
E completando o raciocínio e o elenco, o que Trump está fazendo é tão escroto quanto o que Lula fez em sua recente viagem ao Reino dos Hermanos, quando ignorou a justiça local e o Presidente – democraticamente eleito – Javier Milei, e foi visitar a condenada companheira Cristina em sua casa. Corruptos, unidos, jamais serão vencidos. Ninguém larga a mão de ninguém. E pimenta no orifício alheio é Hipogloss. Mas nunca espere autocrítica e/ou decisões racionais de um tirano funcional. Muito menos de seus seguidores cegos. Fé cega, faca amolada, já dizia o Mestre Paulo Cesar Pinheiro.
Resumindo, é só mais uma papagaiada reunindo três personagens lamentáveis. Mas foram eleitos pelo povo, e só o povo poderá nos livrar deles. Sempre lembrando que, no Brasil de Lula, o povo só elege seus inimigos para o congresso. Os únicos confiáveis, além Dele, são os membros do STF. Que foram eleitos por quem, mesmo? Tudo bem, isto a gente conversa outra hora. Se é que vai ter espaço virtual democrático prá isto.
Vida que segue.