Hoje, 20 de janeiro de 2025, Donald Trump assume pela segunda vez como presidente americano. Esta é uma frase nunca usada antes, será a primeira vez que um presidente, após ser derrotado em sua primeira tentativa de reeleição, se candidata novamente e é eleito.
Ele não apenas rompeu a tradição não-escrita de se recolher a uma aposentadoria política, como teve uma vitória incontestável, fez barba, cabelo e bigode, vencendo também no voto popular e atingindo maioria republicana no Senado e Câmara dos Deputados.
Somando a isto a maioria conservadora da Suprema Corte, Trump assume com um poder que há tempos não se via no sistema de pesos e contrapesos americano.
O leitmotiv deste artigo é identificar porque este plot twist impensável anos atrás aconteceu.
“Trump vai ganhar de lavada!“
Tive 100% de certeza ao ver a foto de capa deste artigo, instantâneo que deveria ter sido escolhido como “A” imagem da década, magistralmente registrada pelo fotógrafo Evan Vucci, da agência Associated Press. Tecnicamente, a fotografia é de uma composição perfeita e recomendo a todos que leiam esta matéria do G1 clicando AQUI, que a analisa sob a ótica das regras da fotografia e a compara com outras imagens icônicas da história da humanidade.
Esta imagem remete instantaneamente a 2 imagens icônicas da historia: o quadro A Liberdade guiando o povo, de Eugène Delacroix, e a fotografia de Joe Rosenthal tirada apos a batalha de Iwo Jima na 2ª Guerra Mundial.
A Liberdade guiando o povo (em francês: La Liberté guidant le peuple) é uma pintura de Eugène Delacroix em comemoração à Revolução de Julho de 1830, com a queda de Carlos X. Uma mulher representando a Liberdade, guia o povo por cima dos corpos dos derrotados, empunhando a bandeira tricolor da Revolução francesa em uma mão e brandindo um mosquete com baioneta na outra.
Comemorando a vitória sobre os japoneses após cinco dias de combates intensos na 2ª Guerra Mundial, fuzileiros navais hastearam uma bandeira norte-americana na ilha de Iwo Jima. A fotografia de Joe Rosenthal foi capa de todos os jornais nos Estados Unidos. A imagem ganhou o Prêmio Pulitzer no mesmo ano.
Ambas foram icônicas porque representaram sínteses visuais do Zeitgeist de suas épocas, respectivamente os ideais libertários da Revolução Francesa e a vitória das democracias liberais dos países aliados sobre os países fascistas ditatoriais do Eixo.
Do mesmo modo, a fotografia de Trump se reerguendo desafiadoramente, com punho cerrado, após sofrer um tiro de raspão de um fuzil AR-15 na orelha direita, durante um atentado num comício na Pensilvânia, coincidentemente emoldurado pela bandeira americana desfraldada, também é a síntese visual do sentimento do repúdio e esgotamento da ditadura do Woke politicamente correto da última década que dominou a imprensa, a educação, a cultura e até mesmos as relações sociais nos ditos “formadores de opinião” dos países democratas ocidentais.
“Depende do contexto…“
No futuro, livros de história decretarão que a data de falecimento do Wokismo ocorreu em 5 de dezembro de 2023, quando Claudine Gay (Harvard), Liz Magill (Universidade da Pensilvânia) e Sally Kornbluth (MIT), presidentes de 3 das mais prestigiadas universidades da Ivy League norte-americana, compareceram a uma audiência no congresso nacional, que analisava manifestações antissemitas nos campi universitários norte-americano. Se este foi o ato que marca o falecimento do wokismo, a inscrição na lápide será o infame “depende do contexto” que as três, obviamente orientadas pelos seus advogados, repetiam em sincronia insistente frente à cobrança dos parlamentares.
Este depoimento marca a linha vermelha que foi cruzada pelos líderes do wokismo e escancarou o completo descolamento da realidade e bom senso comum que a elite universitária, bastião do politicamente correto progressista, tem em relação aos assuntos realistas da população em geral.
Foi o “Basta!” que inclusive resultou na demissão sumária das 3 líderes e decisão de cancelamento de doações de inúmeros patrocinadores.
Para quem se interessar em se aprofundar no assunto, recomendo a leitura dos artigos A Deformação Moral das Universidades Norte-Americanas, publicado no jornal Gazeta do Povo e Universidades dos EUA caem em armadilha vitimista que cultivam, publicado na Folha de S. Paulo.
Talvez a primeira pessoa a identificar a mudança do vento , não por acaso, tenha sido o quaquilionário e visionário Elon Musk.
Primeiro ao adquirir o Twitter e, além de renomea-lo “X”, mudou totalmente sua “política editorial”, desmontando seu posicionamento woke e o tornando a única plataforma identificada com a população com ideias liberais.
Em seguida, tornou-se apoiador de primeira hora e, membro ativo das campanha eleitoral de Trump, foi premiado com o comando do Departamento de Eficiência Governamental, com o objetivo de “desmantelar a burocracia governamental, impulsionar reforma estrutural em larga escala e cortar gastos”. Isso tem potencial de ser um divisor de água e impulsionador do aumento da competitividade americana na economia mundial.
Em seguida, em 7 de janeiro, temos o já histórico pronunciamento de Mark Zuckerberg, anunciando o cavalo de pau das empresas da Meta, “traindo” os esquerdistas do mundo, que o tinham como exemplar contraponto progressista, justamente alinhando o posicionamento de suas empresas ao que o vilão Elon Musk tinha feito no X, principalmente as “Notas de Comunidade”, que desmontaram o controle da informação que a Grande Imprensa sempre possuiu, desde Gutemberg.
Se você passou as férias de janeiro em Marte e ainda não tinha assistido este pronunciamento, não deixe de ver abaixo:
Para não perder a maré, outras Big Techs, como Amazon e Alphabet (Google), além de outras grandes empresas multinacionais, se juntaram a esta tendência e estão revendo, um eufemismo para cancelar e desmontar, suas políticas ESG, notadamente na área de “diversidade”. É o Darwinista “Go Woke, Go Broke” finalmente chegando ao topo da cadeia alimentar corporativa.
Aqui, no Brasil, talvez o principal símbolo destes novos tempos tenha acontecido semana passada , com o já histórico vídeo do deputado mineiro Nikolas Ferreira contra o monitoramento do PIX e, principalmente, suas 300 milhões de visualizações, que não apenas pulverizou a tentativa do governo Lula de interferir ainda mais na vida dos cidadãos (ou seria “cidadões”?) brasileiros como se tornou o embrião de um início de mudança de posicionamento na mais renitente defensora do atual status quo, que é a imprensa tradicional. O desnudamento público do quanto figuras como a jornalista Eliane Cantanhede perderam credibilidade por estarem dissociadas da realidade é um caminho sem volta, que cedo ou tarde irá prevalecer.
Para finalizar , quero dar minha opinião pessoal sobre o que penso dr Donald Trump. Seu primeiro mandato, ao contrário da narrativa que a imprensa, meio cultural e formadores de opinião tentam passar, foi muito melhor do que pareceu. Ele perdeu a reeleição, na minha opinião, pelo mesmo motivo que o Bolsonaro no Brasil: por ter tido um discurso absolutamente equivocado durante a pandemia! E, note bem, disse, “discurso”, e não “comportamento”: assim como seu par brasileiro, ele entregou agilmente as vacinas necessárias para o término da pandemia, em 2021.
Mais do que a “vitoria do conservadorismo de extrema-direita”, como vc irá ler muito na imprensa estes dias, na verdade a sua eleição representa a derrota da militância radical woke!
A boa, excelente notícia , é que, cada vez mais, eu, você, todos nós ampliamos nossas fontes de informação, não nos baseamos apenas em poucas opiniões . Quanto mais informação sempre é melhor.
E, em termos de politicas identitárias, entendam que apenas a LIBERDADE, tratando a todos com IGUALDADE, é o caminho seguro para ser obter a tão desejada FRATERNIDADE.
